terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Como é feita uma autópsia e o que é utiizado?

Métodos





A autópsia Forense é utilizada para determinar a causa da morte, os métodos utilizados numa autopsia forense são os mesmos que numa autópsia clínica, de modo a responder às questões de ordem jurídica.



Existem cinco formas de classificar o motivo da morte:




  • Natural


  • Acidente


  • Homicídio


  • Suicídio


  • Indeterminado

Uma autópsia segue o seguinte processo:


O corpo é recebido numa sala de autópsia, num saco de plástico específico.


Existem duas etapas para o exame físico do corpo, o exame externo e interno (de Toxicologia, Testes bioquímicos e Testes de genética), ajudando assim, o patologista a atribuir a causa da morte.
No desenvolvimento de um exame externo, ocorre o seguinte:


Depois de recebido o corpo este é fotografado e é observada o tipo de roupa antes de ser tirada. De seguida, qualquer elemento de prova, como resíduos ou outro material é retirado da superfície externa do corpo, quando não são facilmente observadas a olho nu pode ser utilizada a luz ultravioleta. Amostras de cabelo, unhas entre outras são analisadas.


Uma vez que todas as amostras foram evidenciadas, todas os ferimentos presentes são examinados. O corpo é então limpo e medido para uma preparação do exame interno.
Ainda no exame externo é feita uma descrição geral do organismo no que se refere á etnia, sexo, idade, cor e comprimento do cabelo, cor dos olhos entre outras características distintivas (marcas de nascença, cicatrizes, entre outras). Para guardar esta informação é utilizado um gravador de voz ou uma ficha de exame padrão.


Em alguns casos não é necessário proceder ao exame interno, quando é suficiente para identificação da causa da morte o conhecimento da historia do falecido e a informação retirada de um exame externo.




Exame Interno



O exame interno tem como objectivo analisar os orgãos internos do corpo, procurando evidencias de trauma ou outras indicações da causa da morte. Para se iniciar um exame interno é necessario a exposição maxima do tronco do corpo.


Para realizar um exame interno, há imensas formas de abordar: a mais utilizada nas ciências forenses é fazer um corte em forma de “Y” na parte superior de cada ombro e em direcção ao torax, intersectando-se no ponto mais baixo do externo, de modo a permitir uma maior exposição das estruturas do pescoço para um exame mais detalhado. Podendo ser essencial no caso de uma suspeita de estrangulamento.


A hemorragia dos cortes é minima ou inexistente, porem pode dizer-se que quando o sangramento é elevado pode tratar-se de uma morte por afogamento.


O método mais utilizado para abrir a cavidade toracica é com uma serra electrica. Em alguns casos, devido á grande quantidade de pó, quando o osso é cortado pela serra obta-se por utilizar tesouras, sendo tambem possivel utilizar um bisturi simples.O patologista abre a caixa toracica para permitir uma elevação do externo e das costelas de modo a que o coração seja visto, para ver se existe ou não peturbação.


Nesta fase normalmente os orgãos estão expostos.Para uma possivel remossão dos mesmos, é necessario analisar o caso, pois depende da questão.




Alguns patologistas preferem retirar os orgãos atraves de cortes na coluna vertebral, de modo a que os orgãos possam ser extraidos, para uma nova verificação


De seguida, o estomago e os intestinos são extraidos e examinados, podendo ser util para descubrir a causa e hora da morte. Verifica-se, devido à passagem do alimento atraves do intestino durante a digestão, um falecido tivesse a area mais vazia significaria que não tinha feito uma refeição antes da morte.


Para uma examinação do cérebro é feito um corte por tras de uma orelha, atraves da testa, chegando até à outra orelha, dando a volta. O coro cabeludo é afastado do cranio em duas partes. De seguida o cranio é cortado com uma serra, para criar um “tampa” que pode ser puxado para fora, expondo o cerebro. Para o cérebro ser analisado detalhadamente são cortadas as ligações entre os nervos cranianos e a medula espinal com o cérebro. Se for necessaria a consevação do cérebro , antes de ser analisado, este é colocado num recepiente de formol (solução de 15% de gás formaldeído em água), de preferencia durante 3 semanas. Este processo não só preserva o cérebro como tambem uma melhor verificação, sem romper o tecido.


Após o exame, é necessario preparar o corpo para o funeral, os órgãos são colocados de volta no corpo ou são incinerados; os retalhos do tórax são fechados e costurados; a tampa do crânio é recolocada e mantida no lugar pela aproximação e costura do couro cabeludo.






Material Utilizado


Actualmente, os instrumentos usados para realizar autopsias têm sofrido diversas alterações, como o uso de algumas serras eléctricas.


• Serra para ossos - usada para cortar os ossos ou o crânio;




• Faca com serra - usada para cortar pedaços dos órgãos para exame;




• Enterótomo - tesoura especial usada para abrir os intestinos;




• Agulha de sutura - uma agulha grossa usada para costurar o corpo após o exame;




• Martelo cirúrgico com gancho - usado para abrir a tampa do crânio;




• Talhador de costelas - tesoura grande especial para cortar as costelas;





• Bisturi - como o bisturi de cirurgia, porém, com a lâmina mais larga possível para fazer cortes longos e profundos ou para retirar tecidos;





• Tesouras - usadas para abrir órgãos ocos e cortar os vasos sanguíneos;





• Cinzel de crânio - usado para ajudar a alavancar cuidadosamente a tampa do crânio;





• Serra Stryker - serra eléctrica usada para cortar o crânio de modo a remover o cérebro;





• Pinça dente de rato - usada para segurar órgãos pesados.

























Mesa de Autópsia



Patologia

O que é a Patologia?



O termo “patologia” (derivado do grego pathos, sofrimento, doença, e logia, ciência, estudo), deste modo traduz-nos a ideia que vai desde a ciência que estuda os sintomas as origens e a natureza das doenças e todas as alterações que estas provocam nos organismos


A Patologia divide-se em duas grandes áreas, em que cada uma desenvolve os estudos necessários para os distintos casos. Estas áreas são: a patologia clínica e a anatomia patológica.


Patologia Clínica


A patologia clínica é uma especialidade médica, á qual compete o diagnóstico de doenças. Para tal, o seu trabalho baseia-se na análise dos fluidos corporais, tal como, o sangue ou a urina e também de alguns tecidos, deste modo, os cientistas recorrem ao uso de instrumentos de química, microbiologia, hematologia e patologia molecular.


Os patologistas clínicos, trabalham em cooperação com os médicos e os técnicos de saúde, para poderem assegurar uma maior precisão nos resultados obtidos nos seus testes e exames.






Anatomia Patológica


A anatomia patológica é uma especialidade médica á qual compete o diagnóstico de doenças, através da análise “em bruto” microscópica, química, imunológica, e do exame molecular de órgãos e tecidos em todo o corpo. (autópsia)


A anatomia patológica divide-se ela própria em diversos subtemas, sendo os principais a cirurgia patológica, a citopatologia e a patologia forense.


Muitas vezes, os patologistas praticam tanto a patologia anatómica como a clínica, uma vez que a distinção entre estas está a ficar cada vez menor, isto devido aos avanços científico-tecnológicos que a medicina sofre constantemente. A junção de estes dois ramos é conhecida por patologia geral






Patologia forense


O patologista forense.


Um patologista forense e um médico que concluiu a sua formação em anatomia patológica, e posteriormente, se especializou em patologia forense.


A patologia forense é o ramo da patologia que se preocupa em encontrar a causa de uma morte baseando-se na análise do cadáver. A este processo, dá-se o nome de autópsia. Esta é realizada por um patologista denominado para o cargo, a pedido de um médico examinador, e servirá para descobrir a causa de morte do cadáver, em questão.


Em alguns casos, os serviços de um patologista forense poderão ser requisitados também para a identificação de um cadáver, quando não é possível que este seja reconhecido pelos familiares e conhecidos.


Na maioria dos casos, um patologista forense, trabalha juntamente com as forças policiais, prestando os seus serviços, para se poder obter um maior conhecimento sobre a vitima.







quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Noticia do Destak


Esta noticia foi retirada da edição do Jornal Destak de 29 de Outubro de 2009.
Despertou o nosso interesse, visto estar relacionado com o nosso tema, e demonstra uma das maiores dificuldades dos cientistas forenses, a identificação dos cadáveres.
DEIXA AQUI A TUA OPINIÃO!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Quem somos?



Bem-vindos, ao nosso Blogue.
Nós somos alunos do Externato Frei Luís de Sousa e no âmbito da disciplina de Área de Projecto 12º ano, foi nos sugerido a escolha de um tema que pudéssemos explorar ao logo do ano lectivo 2009/2010. Depois de uma reflexão sobre o que nos foi proposto, optámos pelo tema das Ciências Forenses, devido a um grande interesse e curiosidade de todos os elementos do grupo por esta área.
Para poder-mos expor o nosso trabalho ao público, criámos este blogue onde iremos publicar grande parte do nosso trabalho. Por este meio, pretendemos receber criticas ou sugestões de modo a melhorar o nosso trabalho e conhecimento.